quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vejo sua sombra contra a luz do seu quarto. Você desapareceu durante todo o final de semana e agora reaparece assim, uma sombra.
A sua sombra me acompanhou em todo o meu fim de semana. Levei a letra da nova musica pro pessoal da banda e eles adoraram, querem colocar musica logo. Eu acho que devia ser uma musica meio lenta, bem jazz. “Ando só como um pássaro voando, ando só como se voasse em bando.”, é o que quero cantar nessa musica.
Olho a sua sombra, e você deve estar tirando a roupa para dormir. Eu podia tocar a campainha, dizer alguma coisa. Você ia entender, ia saber que sou eu e a gente ia poder falar daqueles poemas que você adora, poderíamos falar do Ray Charles, do Fernando Pessoa, ouvir Engenheiros Do Hawaii, que eu sei que você gosta, você deve ter todos os CDs deles. Gessinger, Licks e Maltz quem sabe? Longe Demais Das Capitais, Minuano, qualquer um. Eu podia falar pra você que vi o Sonic Youth(que eu sei que você gosta muito) tocando em San Diego, no verão passado. Você ia querer saber mais do show, eu ia contar tudo, menos sobre a garota canadense que eu conheci lá e que era tão querida, tão leve. Será que você ia sentir ciúmes? Isso seria bom?
Dou um boa-noite que você não escuta e vou embora. Uma cerveja no bar da garotada, onde a banda se encontra, isso vai me fazer bem (pior não tem como ficar). Acalmar o coração, que anda agitado, tão agitado. Um dia desses eu vou tocar sua campainha, e vai ser o que tiver que ser. Um dia desses, não hoje.

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